terça-feira, 2 de novembro de 2010

Até a próxima Copa...

Essa porra aí de eleições presidenciais no Brasil deu o que falar. Vivemos uma das disputas mais toscas, daquelas que Brizola teria vergonha de dizer: sou um político. Esqueceram de nos avisar quais eram suas propostas, buscaram trocar farpas e denegrir um a imagem do outro. O brasileiro não teve escolha, teve que votar pra quem ele não queria como presidente. Um pena !
De um lado um discurso continuísta de um governo que vinha dando certo (se comparado aos passados). De outro um discurso burguês que tentava de todas as formas esconder os 8 anos antes de Lula. O lado que, teoricamente, mais olha para o povo venceu e é a partir de agora que faço minha crítica, não só para a nova presidente, mas para o povo brasileiro.
Burguesia x povo: esse foi o grande choque do dia 31 de outubro de 2010, cada um querendo seus interesses e esqueceram de olhar para a nação como um todo, para o bem geral. Com o anúncio do resultado correntes preconceituosas se espalharam pelas redes sociais, pessoas que não respeitam a 'democracia', a vontade da maioria e a opinião do próximo, passaram a armar-se dos gestos mais desrespeitosos, 'culpando' os nordestinos de elegerem Dilma para presidente e desejando-lhes o pior. 
Entrei em uma discussão com uma dessas pessoas e a resposta que tive me deixou chocado. Percebi que não existe mais irmandade entre uma nação, o bem geral foi jogando de um penhasco e o individualismo sobe no pódio. Como a essência do capitalismo dominou o povo: eles não querem acabar com a miséria, querem mais concentração de renda, querem mais gente morrendo de fome e mais ... e mais ...
Em seu primeiro discurso, Dilma falou que iria acabar com a miséria. No primeiro momento eu ri, pois sei que mais vale um político falar que reduziu a miséria e continuará reduzindo, do que acabá-la de vez. Ele precisa de propaganda e não há melhor do que tocar na barriga dos miseráveis (que são tantos). Mas depois dessa discussão esse riso virou  preocupação pois o diálogo acabou com a seguinte proposta: 'Quer acabar com a miséria? Coloque uma família pobre em sua casa e subsidie ela. Não espere que todos façam o mesmo.'
É o fim da linha, a sociedade precisa de novos conceitos, novas iniciativas, novos sentimentos. Nossa obrigação é zelar pelo próximo, não colocando-o em nossas casas e subsidiando-os, mas sim escolhendo o governante capaz de reverter esse quadro. Com a miséria e a desigualdade social, não adiantará guardar dinheiro e comprar um carro super-potente italiano pois uma pessoa, que não tem as mesmas condições que a elite, utilizará dos mais diferentes meios para retirar esse bem.
Enfim, com tamanha alienação do povo só me resta esperar pela próxima Copa e ver o que muda até lá. Porque essa porra aí ta ERRADA ! 

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