segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Há tempos

Existe um sistema que impõe uma conformidade nas pessoas, que são tratadas como consumidores, e só. Esse sistema, denominado como indústria cultural por alguns dos maiores pensadores que o mundo já viu, além de repudiar quaisquer despertar de pensamentos e inquietações contra tal forma de vida conformista, incentiva o estilo de vida americano, consumista, pobre, podre.

Parte dessa ação de repudiação acontece ao inutilizar novos pensadores, com teorias que podem mudar o sistema opressor capitalista. Não só inutilizar os novos, mas também não dar valor aos filósofos do passado que fizeram teorias sensacionais sobre nossa sociedade.

Para basear meu texto, recorro ao passado com o fim de exemplificar. No galgar do nazismo rumo ao poder da Alemanha, o seu líder Adolf Hitler se encarregou de expulsar da Alemanha muitos cérebros que desvendavam segredos da sociedade. Tal expulsão foi realizada ao perseguir os pensadores do Instituto de Pesquisas Sociais, localizado na Universidade de Frankfurt, que tinham tendências comunistas e alguns eram de origem judáica. Tudo o que Hitler não queria.

Pensadores como Horkheimer e Adorno tiveram que migrar para os Estados Unidos na que foi considerada a maior migração de cérebros da história. No principal país da América (desde aquela época) eles lideraram pesquisas minuciosas sobre a sociedade e os meios de comunicação. Adorno, por exemplo, reconheceu, já naquela época (por volta de 1940 ~ 1950) que existia um interesse superior ao dos meios de comunicação.

Como ele chegou a isso ?


Adorno ficou inquieto com a quantidade de novelas e de programas de auditório com nenhuma qualidade. Apenas programas xulos destinados ao entretenimento do trabalhador que chegava em casa para descansar. Pior do que isso era o bombardeamento de propagandas que reforçavam o estado de conformidade e consumidor. Ele não acreditava que tal situação era uma vontade popular. Logo, ele concluiu que esse interesse superior se tratava de uma indústria cultural que buscava, cada vez mais, incentivar o sistema vigente (capitalismo).

Lógico que todo esse estudo não teve uma efetividade pelo governo ou pela população, já domada e domesticada pelos meios de comunicação. Preste atenção: já por volta de 1940 pensadores denunciavam o sistema que vangloriava o capitalismo e já denunciava suas possíveis consequências.


Então, o que vejo dessa situação é que não faltam pensadores. Com certeza, há centenas e, talvez, milhares de pensadores do século XXI que estudam a sociedade a fundo, com a finalidade de achar seus problemas e teorizarem uma solução. Falta é a divulgação, mas isso não vai partir dos grandes meios de comunicação para atingir a grande massa da sociedade. As pessoas tem que buscar o conhecimento e a curtos passos, buscar mudar os seus comandantes (presidentes, governadores...) por aqueles que buscam um poder social, visando o esclarecimento das pessoas.

Depois desse passo, que não vejo nenhuma previsão de acontecer, os estados tem que saber usar essas mentes brilhantes e buscar um sistema igualitário: já que um sistema perfeito é um sistema utópico.

domingo, 31 de julho de 2011

O incentivo a sua arma letal

O sistema que recorre a todos os tipos de artifícios para retrair qualquer forma de revolução ou tentativa de mudança. Exclui, bloqueia, pune, bombardeia, mente. Esses são só alguns exemplos de milhares que podem ser citados pela história. É assim que o capitalismo vem sobrevivendo.

A manipulação dos meios de comunicação é o caminho mais fácil e mais eficaz encontrado até então. O meio de massa mais utilizado é a TV. É completamente aceitável sua escolha, já que quase todo brasileiro tem uma em sua casa - imagina nos outros países, principalmente os Europeus ? Esse meio, que não está aqui para atender o povo e sim quem compra suas propagandas, não exita em forçar todas essas calúnias e, assim, fortalecer o sistema e aumentar suas riquezas.

Não satisfeitos em ter essa arma, impulsionaram mais uma. Mais uma forma de distrair o povo sobre a realidade, mais entretenimento sem conhecimento ou cultura, mais um produto a ser comprado... Seria perfeito, mas tornou-se uma arma letal contra o sistema. Essa é a Internet.

Seria como contratar um adestrador ao seu cão, mas inconscientemente, o seu cão começa a receber informações que você não queria que o adestrador passasse. Esse cão passa, aos poucos (bem aos poucos mesmo), a te desobedecer. Aos poucos, essa desobediência começa a sair do controle e você acaba não sabendo o que fazer.

E é isso que está acontecendo com a internet. As informações REAIS, passaram a ser oferecidas a um grupo de pessoas, que passou a divulgadas para outro grupo, que divulgou para outro grupo e, nessa sequência, hoje, muitas e muitas pessoas começaram a acordar para o mundo. Tudo bem, ainda não é em um volume capaz de provocar uma revolução. Mas, veja só, antigamente - praticamente-, só professores, pensadores, estudiosos, tinham uma noção da realidade, caso 'abrissem a boca' eram taxados de malucos.

Nos anos 60-70, houve uma explosão das revoltas, logo abafadas pelas ditaduras. Passamos por anos de escuridão, poucas informações, e, essas poucas, eram manipuladas. Agora, com a internet, é possível ver várias versões sobre uma única notícia. Há 5 anos, a informação verdadeira atingia 9 entre 10 pessoas. Hoje, a verdade pode atingir 8.. 7 ( não são números baseados em pesquisas, apenas uma hipótese ).

Pode ser pouco para o ideal ? Pode. Mas já é um começo. A mesma aliança alienadora, culpou as redes sociais pelas últimas revoltas liberais. Isso acabou por incentivar a divulgação de todo tipo de protesto. Para combater, as poderosas não dão cobertura as passeatas. Mas (TOMARA) agora já é tarde. Foi iniciado um processo de despertar do povo.

É uma ação que mata um sistema e revive um povo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Para quem não acredita...

Nós viemos batendo na tecla de noticiários alienadores há muito tempo. Desde a criação desse espaço, nossa maior luta é para que todos que leem este espaço, abra os olhos e busquem a verdade propriamente dita. Estes dias recebi um e-mail que, para muitos, pode ser surpreendente, mas para mim não. Vou fazer, mais ou menos, um resumo dele.

Todos sabem que a 'população' da Líbia está em conflitos, teoricamente, contra o ditador Kaddaf. Noticiários globais mostram possíveis atentados do ditador contra a população e muitas coisas nacionalistas. Porém, como uma população se rebela contra um governo que lhe dá educação pública, DE QUALIDADE, até o ensino universitário, onde 10% dos jovens vão estudar na Europa e nos EUA com tudo pago, onde, quando se casa, a pessoa recebe 50 mil dólares para comprar seus primeiros bens, onde a saúde pública é equiparada ao estilo europeu ?

Informações que chegam de lá, que não são veiculadas nos maiores meios, são de que o nível de pobreza é baixíssimo. NÃO HÁ REVOLTA POPULAR. O que há é o investimento americano em uma oposição mesquinha, que não sabe se organizar, contratação de homens, treinamento para uso de armas e afins. Tudo isso para derrubar um modelo econômico que atende a população e a deixa acima das empresas.


Por que os EUA fariam isso ?

A Líbia tem um petróleo de alta qualidade e suas reservas atingem 45 bilhões de barris. Basta ver que o preço do barril gira em torno de 100 dólares. Olhe o lucro. A Líbia é um dos únicos países que não está atolado em dívidas com o FMI.

A OTAN não cessa os bombardeios as principais cidades líbias. Além do bloqueio marítimo e aquático, deixando a população carente de remédios e água. Muitos atravessam o deserto para viver no Egito e Tunísia.

Vale lembrar que não é a primeira vez que os EUA tentam destruir um sistema que não adere ao capitalismo visado para aumentar o poder das grandes empresas sobre o povo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Desapego material

Muitas pessoas vivem buscando as formas para produzir algo que 'bombe', que torne um sucesso e assim, consequentemente, consiga algum status ou ganho material graças a essa descoberta. Para tal, as pessoas ficam horas e horas pensando, focando naquilo, forçam o pensamento e a mente, obrigando-os a tirar um coelho da cartola e assim, como um passe de mágica, brotar o tal feito inovador.

Talvez sejam as coisas mais simples que causam efeito, tanto é que, toda vez que algo de novo se torna um sucesso, a maioria de nós pensa 'Como eu não pensei nisso !'. Mas tem o pessoal que defende que as mais sofisticadas são as que oferecem maior capacidade de despertar o interesse do público ou algo do tipo.


Penso muito nisso, em inovar, em estar sempre produzindo algo que me deixe satisfeito. Vendo um programa de TV acho que encontrei a resposta para tal fim: o desapego tecnológico.

Estamos em períodos em que todos querem estar conectados 24 horas por dia uns com os outros e, assim, esquecemos do que está ao nosso redor. Quando vamos a rua, de carro, vamos olhando para o celular, 'twittando', mandando mensagem ou só tendo uma desculpa para desviar o olhar do cotidiano.

Não sei se vocês perceberam mas as maiores obras musicais e artísticas em geral, saíram da inspiração de um lance casual, que acontece com todos nós no dia a dia. Mas para tal fato ocorrer, temos que observar, entender o que está em nossa volta e captar toda essa nossa energia. A internet deve ser apenas um meio para sofisticar uma obra calcada de espontaneidade e para buscar informações para tornar seu trabalho mais completo.

E para você ?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O mundo da caixinha

 Nasci em um mundo, uma sociedade nova. Não me lembro, ao certo, minha primeira lembrança. Não me lembro de quando minha consciência passou a ser dominada. Só sei de quando ela deixou de ser dominada e de quando eu comecei a perceber o que realmente é o mundo em que vivemos.

 Percebi que o que realmente manda no jogo é um caixinha, dessas que todo mundo tem em todos os cômodos de suas casas. Depois fui mais além, não é exatamente a caixinha e sim quem está por trás dela. E consequentemente fui entrando nesse mudo até descobrir fatos mirabolantes e parece que me assustaram de tal forma que parei por aí.

 Acho que o meu problema foi criar histórias demais, saber de possibilidades demais e sempre desconfiar de segundas intenções vindo daquela caixa, daquele canal. Os que estão por trás dela fizeram o papel de vilão que todo autor de novela queria criar, aquele que fizesse a cabeça de todos. Ou o que todos os políticos queriam ser, que o povo aceitasse tudo o que viesse dali como verdade.

 E fui de documentário em documentário. De aula em aula. De texto em texto. Nesse caminho fui descobrindo tudo o que realmente acontecia no mundo em que vivemos. Todas as jogadas, todas as notícias que, juntas, formaram as camas para as piores pessoas com as piores intenções se deitarem. Vi como ela é capaz de mudar fatos, como é capaz de esconder fatos, como é capaz de criar verdades e de mudar as verdades.

 Talvez eu seja um dos ícones da nossa juventude, muito influenciável. Fiquei vislumbrado com tudo o que soube e me entreguei de tal forma sem pensar que poderia também estar sendo alienado por um outro método de pensamento. Até um ano atrás eu era um do rebanho A, agora eu to no rebanho B. Não do muito tempo para surgir um rebanho C com teorias que derrubem o A e o B. 

 Afinal, qual é a nossa realidade ? Em que mundo vivemos ? É o mundo da caixinha, onde tudo o que acontece e aconteceu está passando nela. É dela que você tira suas verdades. Basta escolher o que você quer como verdade.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Ideologia e seus problemas

No meu último post falei sobre os problemas da solidariedade de grupo, nesse falarei sore a Ideologia. Pra começar, ideologia é um termo com muitos significados e usos diferentes, nesse post falarei sobre ideologia como ferramenta de alienação e dominação de massas.

O que é a ideologia como ferramenta etc? É, bem resumidamente, um conjunto de idéias prontas. Como por exemplo o Fascismo e o Comunismo, são duas ideologias diferentes que apresentam suas idéias, críticas, métodos de ação e tudo mais. Porque seria a ideologia uma ferramenta de alienação? Porque a partir do momento que você adere a uma você não tem a liberdade de pensar diferente do que ela prega, ela te dá tudo pronto e você deve a seguir. Sendo assim, se você adere à alguma ideologia você acaba limitando seu pensamento e suas idéias à aquilo; e isso limita sua visão e seu poder de ação. Não digo que as ideologias são falhas ou que suas idéias são horríveis, pelo contrário, elas possuem ótimas análises e idéias; mas não se deve seguir as ideologias de modo dogmático, mas sim reflexivo.

Sendo assim, deve-se fazer um balanço das idéias contidas nas ideologias e ver o que pode ser aproveitado e o que não pode. O que não pode e não deve ser feito é seguir a ideologia como um fanático, onde aquela é a verdade única e imutável.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Jeitinho brasileiro de realizar sonhos

 Nesses tempos de férias sem fim, tenho me dedicado quase que integralmente aos esportes. É treino na vela, treino no futsal, academia, jogo contra. Por agora estava pensando em tudo o que fazemos para meio que realizar alguns sonhos ou viver sensações que jamais vamos ter.

 Uma das tradições do brasileiro é o futebol. Todos, quando criança, sonham em entrar em um gramado, olhar para aquela torcida, ter seu nome escrito atrás da camisa, escolher seu número, fazer o gol do título e poucos conseguem esta benção. Mas, com o jeitinho brasileiro, a gente mais uma vez conseguiu driblar essa barreira.

 Estou falando dos times de pelada. Aqueles com nomes engraçados, atacantes gordinhos e goleiros gordões. Ou até mesmo dos times com nomes sérios e, até de certa forma, com uma fama, com jogadores habilidosos, que poderiam estar desfilando nos gramados brasileiros.

 Todo esse mundo do futebol amador, do futebol de fim-de-semana, tem um brilho próprio. As pessoas se organizam, compram o uniforme, escolhem seus números, botam os nomes estampados, entram em campo, tiram fotos perfilados, levam famílias e fazem o gol do título do Torneio da praça.

 Comemoram gols como poucos jogadores profissionais comemoram, tem mais amor a camisa do time de pelada do que os profissionais tem pelos times que os empregam. E toda essa simulação para viver aquele gosto. Uma coisa eu garanto, não há simulação ou tecnologia que consegue representar tão bem a sensação de realizar sonho como essa.

 As vezes acho que todos esses torneios de pelada e esses times deveriam ser mais valorizados pela mídia e tal. Mas, pensando bem, tiraria todo esse brilho com um toque de jeitinho brasileiro que conseguimos fazer nossos sonhos de criança se realizar.

 PAZ NO ESPORTE.